Teoria do Espaço Vital de Kurt Lewin

Por toda carreira de 30 anos, Lewin dedicou-se a área amplamente definida da motivação humana, descrevendo o comportamento humano dentro de total contexto social e físico (Lewin, 1936, 1939). Seu conceito geral de psicolgia era prático, concentrando nas questões sociais que afetam a nossa vida pessoal e profissional. Buscava humanizar as fábricas da época, de modo que o trabalho se otornasse mais uma fonte de satisfação pessoal do que apenas uma forma de ganhar a vida.
 

   O conhecimento a respeito da teoria de campo da física fez com que ele imaginasse que as atividades psicológicas de um individuo também ocorrem dentro de um campo psicológico, chamado Teoria do Espaço Vital - que compreende todos os acontecimentos do passado, do presente e do futuro que nos afetam. Do ponto de vista psicológico, cada um desses fatos determina algum tipo de comportamento em uma situação específica. Dessa forma, o espaço vital consiste na necessidade de as pessoas interagirem com o ambiente psicológico.


   A Teoria do Espaço Vital exibe diversos graus de desenvolvimento em função da quantidade e do tipo de experiência acumulados. Como o bebê tem pouca experiência, possui poucas regiões diferenciadas no seu espaço vital. Um adulto extremamente culto e sofisticado é dotado de um espaço vital complexo e bem diferenciado, exigindo grande variedade de experiências. profissional tentou criar um odelo matemático para representar esse conceito teórico de processos psicológicos. Devido ao interesse em um único indivíduo (um único caso) e não em grupos nem no desempenho médio, a análise estatística não tinha muito valor para esse fim. Ele escolheu a topologia, uma forma de geometria, para criar um diagrama do espaço vital, mostrando os objetivos possíveis de uma pessoa e os caminhos caminhos que conduziam a essas metas em qualquer momento determinado.
 

   Dentro do mapa topológico, usado para criar o diagrama de todas as formas de comportamento e de fenômenos psicológicos, Lewin usava setas (vetores) para representar a direção do movimento do indivíduo em busca da meta. Acrescentou a noção de peso a essas opções (valências) para referir-se ao valor positivo ou negativo dos objetos, dentro do espaço vital. Os objetos atraentes ou que satisfizessem às necessidades humanas recebiam valência positiva, enquanto os ameaçadores recebiam valência negativa. Esses diagramas chegaram a ser chamados de "psicologia do quadro-negro".