Psicologia do Trabalho

 

    Em um mercado profissional competitivo o Psicólogo Organizacional se depara com uma série de outros profissionais e suas formações/experiências nas mais diversas áreas. Atuar em Gestão de Pessoas requer uma visão mais ampla dessa área e, muitas vezes, o curso de Graduação por si só não será suficiente para a sua inserção nesse mercado. 

 

    Segundo Chiavenato (2010) “ter pessoas não significa necessariamente ter talentos. E qual é a diferença entre pessoas e talento? Um talento é sempre um tipo especial de pessoa. E nem sempre toda pessoa é um talento. Para ser talento a pessoa precisa possuir algum diferencial competitivo que a valorize”. 

 

    Com isso, o talento humano deve ser considerado no momento em que o Psicólogo buscará a sua especialização em Psicologia Organizacional e do Trabalho. 

 

Chiavenato ainda estabelece os fatores primordiais para elencar os componentes do “Talento Humano” em pessoas dotadas de competências. 

 

 

Esquema II: Talento em pessoas dotadas de competências. 

 

 

  • Ter conhecimento é o saber; o primeiro passo para a realização da atividade profissional. Aqui vemos a necessidade de Aprendizado, de Ampliação de conhecimentos, de Transmitir e Compartilhar o que se sabe. 
  • Habilidade é saber fazer. Muitos profissionais detém o conhecimento, mas, não sabem aplicá-lo. A habilidade estará no campo de sanar problemas ou na criação de alternativas. Para “ser habilidoso” o profissional precisará de uma visão global e sistêmica. 
  • Julgamento é o saber analisar. É ter espírito crítico e buscar dados e informações para chegar o mais próximo da realidade de determinada situação. É ponderar com equilíbrio e definir prioridades se for necessário. 
  •  Atitude é o fazer algo a respeito. De nada adianta o conhecimento, a habilidade e o senso de julgamento se o profissional não estiver apto a tomar a atitude necessária no momento mais conveniente. 

 

        Os quatro fatores que compõe o Talento Humano dentro de uma Organização nos leva à percepção do que é necessário para a inserção do Psicólogo no mercado profissional de Gestão de Pessoas. Um profissional que reúna todas essas condições poderá assumir um papel importante nas decisões da empresa no que se refere “a um aumento de produtividade” em função da “importância do fator humano dos colaboradores” e sua qualidade de vida. 

 

        A visão contemporânea tida sobre o Psicólogo do Trabalho nas organizações foge do preceito básico de tê-lo exclusivamente para a aplicação dos Testes Psicológicos. Cada vez mais o Psicólogo ganha espaço na Gestão de Pessoas pela possibilidade de “Tomada de Decisões” e pela mudança de concepção sobre as competências desse profissional – dependendo da organização e seu porte. Com o crescimento da economia vemos um grande número de oportunidades para esses profissionais. Caberá a ele se adequar às necessidades desse “mercado de trabalho” e ter noções claras sobre suas exigências. 

 

        No mercado de trabalho o Psicólogo reunirá condições para atuação em RH assumindo posições de Assistente, Analista, Coordenador, Gerente e Diretor de RH (ou com alguma especificação de Subsistema de RH). Dificilmente terá o “cargo” em si de Psicólogo do Trabalho.