Tomás de Aquino

 

Tomás de Aquino viveu de 1221 a 1247. Considerado umas das figuras mais importantes da Escola Escolástica – filosofia medieval – tornou-se magister de Teologia na Universidade de Paris e lecionou como visitante em diversas Universidades da Europa (Nápoles, Colônia, Paris, etc).

“Boi Mudo”. Foi o apelido que recebeu de seus colegas devido a ser corpulento e estar sempre calado. Teve como mestre o conceituado filósofo Alberto Magno, que, após ver uma resolução de Tomás de Aquino para um problema teológico, declarou: “Este, a quem chamamos de boi mudo, mugirá tão forte que será ouvido no mundo inteiro”.

Na obra de Tomás de Aquino, é visível o intuito de conciliar os valores da fé com os valores da razão. Influenciado por Aristóteles, contrapôs duas correntes filosóficas: a dos Franciscanos contra a dos Averroístas. A primira seguia a linha místico-platônica, já a segunda louvava a crença do pensador árabe Averróis.

A obra de Tomás de Aquino é extensa, porém, podem ser citados como seus livros mais importantes: Suma Contra os Gentios, Questões Sobre a Verdade e a Suma Teológica, que ficou incompleta devido ao falecimento de Tomás de Aquino.

Vindicando o equilíbrio entre razão e fé. São Tomás de Aquino criou o Tomismo. Este seria o princípio de exclusão e junção entre as duas correntes. Segundo palavras do próprio autor, encontradas no livro “Entre a Fé e a Razão Deus Não Reconhece Divergências”: “Embora a verdade da fé cristã ultrapasse a capacidade da razão, os princípios naturais da razão não podem estar em oposição a essa verdade”.

Outro tema considerado por Tomás de Aquino foi a prova da existência de Deus. Ele definiu as seguintes provas de sua existência:

  1. Finalismo (todas as coisas têm um fim determinado)
  2. A contingência
  3. O movimento
  4. As causas e efeitos
  5. Os graus de perfeição

Nas palavras de Tomás de Aquino: “Que Deus existe, pode-se provar por cinco vias. A primeira e mais evidente via é a que se deduz do movimento. É certo, e evidente, aos sentidos, que neste mundo algumas coisas se movem (...)”.

Tomás de Aquino morreu com 49 anos, na Abadia de Fossanova, enquanto se dirigia para Lião com o objetivo de participar do Concílio de Lião, a pedido do Papa.

 

Por Felipe Araújo

Origem: infoescola.com